quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Lindinho

Entre o pesadelo de ontem
E o sonho de amanhã
No hoje, agora há pouco
Esteve você

Sem polimento
Sem verniz
Sem pedir licença
E por um triz

(Sem papas na língua
Sem travas na língua
Sem nada na língua
A não ser a minha)

Numa ausência de cálculo
Que me desconserta
Num "Tô aqui,
Me disseca..."

Nossas histórias de infância
Barbie, chocolate, pudim
De uma fragilidade
Imobilizadora para mim

E eu ri de beijos de prisioneiro
Enquanto você amaldiçoava os cadeados
E falamos de vontades, sonhos
Cortes de cabelo e amores passados

Poderia ser simples, sim
Passageiro ou quase nada
Mas pra mim você foi precioso
Quando cruzou a minha estrada





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