Talvez exista uma maneira bonita
De se falar de abandono
E um jeito poético
De lamentar a dor
Talvez enfeitando
A efemeridade dos bons momentos
Torna-se arte
O que poderia ser dor
E assim esculpindo formas
Da pedra crua
A gente se distrai enquanto
A morte não vem
Dessalgando as lágrimas
Adoçando o angu
Fingindo a felicidade
Que não se tem
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