E o que eu era de mais lindo
Depositava em tuas mãos
E o que era verdadeiro
Foi o não vivido por nós
Eu esculpia uma vida a dois
Enquanto pintavas um coração
E eu chorava em desespero
Enquanto colocavas as duas palmas para cima
(E dizíamos ao mesmo tempo
"Não é óbvio?")
Para mim era tudo
Para ti era pouco
Mostravas-me teu lado bom
Eu de ti nada escondia
E era sede e saudades
Pedidos e negação
Silêncios e pisões nos pés
Parceria e desencontros
E o fim veio de sopetão
Precoce, amor abortado
E sigo eu pensando
Que Deus me deve uma boa explicação
Nenhum comentário:
Postar um comentário