domingo, 2 de agosto de 2015

Rata

Parabéns
És a escolhida
Da vez

Vou te olhar
E te querer muito
Te pegar desprevinida
Pelo cangote

Morder até te ver
Fechar os olhos
E perder o fôlego

Te jogar para cima
E ver-te cair
Sem piedade

E quando
Estiveres sem força
E te achares
(Ou fingires)
De morta

Sairei sem fazer baruho
Para que te sintas segura
E penses que voltaste
Ao normal

Estarei à espreita
Atrás da almofada
Esperarei
O tempo que precisar

Na hora
Que te levantares
E tentares
Sair de fininho
Engolirás a seco
Ao sentir
A minha pata pesando
No teu rabinho


Nenhum comentário:

Postar um comentário