sábado, 26 de março de 2016

Páscoa 2016

Enquanto os meus filhos dormem, e a minha sobrinha também, eu tenho um tempo de preguiça e de escolha do que fazer, e para onde olhar.
E eu gostaria de não estar aqui.
Gostaria de estar numa praia deserta, com areia quentinha sob os meus pés, e tomando um pouco de sol, para fortalecer os meus ossos. Sim, porque eu me cuido, e penso nas necessidades básicas que negligencio, pela escolha do estilo de vida que fiz. Um pouco mais de sol cairia bem.
Gostaria de estar carregando uma bacia com várias conchinhas, de vários tamanhos e cores, cada uma sendo meus amigos queridos. Essa bacia não pesaria.
Gostaria de sentar onde as ondas terminam, com uma peneira para cuidar delas. E ter algum tipo de Super Bonder mágico, que o desejo é meu, eu invento o que eu quiser.
E eu gostaria de ter algum tipo de monóculo daquele que se põe num olho só, para ver onde reparos são necessários, e toda a beleza própria de cada uma delas me encantaria.
E eu as lavaria na água do mar, as beijaria uma a uma, conversaria no ouvido delas (sim, minhas conchinhas têm ouvidos funcionantes), e, num sopro, as retornaria para o lugar ao qual pertencem, restauradas e brilhantes.
Porque se há um defeito que eu tenho, nessa vida, é a arrogância de querer fazer diferença na vida das pessoas. E se há algo que me frustra, é ter que reconhecer os meus limites, em termos de capacidade, permissão e conhecimento da verdade de cada um.
Mas o sonho (acordado) é meu, e se de alguma forma energia é mandada pelo simples fato de existir intenção, as minhas conchinhas se sentirão melhor, hoje. Mesmo sem saber que estiveram na praia, hoje. Mesmo sem saber que são "minhas" conchinhas.

OBS: alguém verifique o teor alcoólico do tal do própolis, por favor. Foram 25 gotas.

Feliz Páscoa, pessoal!

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