Eu devo parecer muito frágil
Porque se preocupam com as minhas paixões
Os meus planos e brincadeiras
E não cogitam que sei calcular os meus riscos
Eu devo parecer muito inflamável
Porque quando me falam indecências
O meu riso é frouxo
E a minha carne é quente
E se eu quero, não há limites
Eu devo parecer confiável
Porque problemas desembocam em mim
Meus ouvidos, meu sorriso
Minha preocupação e intenção
E geralmente eu os soluciono
Eu devo parecer explosiva
Porque as pessoas se acostumam com a doçura
E testam os limites e abusam do crédito
Que pensam ter até a decepção
Até rolarem ladeira abaixo, depois da patada
Eu devo ser transparente
Para quem olha com boa vontade
Ou tão límpida, limpa, brilhante
A ponto de refletir o âmago das pessoas
E elas ainda acharem que a culpa ou o mérito são meus
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