Ele tem os olhos daquele verde que só aparece num dia ensolarado. E me distrai da conversa. Os olhos de um tio amado meu. Eu pularia dentro desse verde e daria umas boas braçadas estilo borboleta. Eu me aproveitaria desse amor. Se não o amasse.
E as décadas passam e nada muda.
Às vezes, eu penso que o confundo com o meu tio. Ao achar que ele classificaria qualquer desatino meu como criancice, e seguiria me orbitando. Com a diferença de que nunca me viu como criança. Nem mesmo quando éramos.
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