Hoje eu acordei
Na imobilidade morna das falésias
Que vêem areias sendo arrastadas pelo azul
E se perguntam se sua vez chegará
Hoje eu vivi o dia
Com a beleza entediante
Da paisagem de tirar o fôlego
Que lhes é imposta por ora
Hoje eu vou dormir
Pagando o preço de minha natureza
Agradecendo o privilégio-praga da consistência
Que aparenta durar até o fim do mundo
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