Aos Anjos
Sei que são ocupados
Com multidões
Que passam fome
E têm chagas de pele abertas
E tudo o mais de dor que nem conheço
Mas interrompam um pouquinho
Os trabalhos mais pesados
E desçam até aqui, por favor
Sussurrem no meu ouvido
O porquê de tanto sofrimento
Por que tive que ser surrada
Pra chegar nesse grau de fragilidade?
Onde foi que eu errei tanto?
Quem é que se diverte com isso?
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