quinta-feira, 4 de junho de 2015

Lua Cheia

Eu hoje queria ser uma loba selvagem
Subir o morro mais alto e gritar para a lua com todo o ar dos meus pulmões

Vomitar a minha dor até fica rouca porque
Chorar não me basta
Chorar não me basta
Chorar não me...

Eu segui as regras e arranquei a minha pele
Me entreguei com frio e em carne viva
Em confiança ao dono

Recebi o prometido
Mas antes um banho de salmoura
Para que a felicidade saísse a mais cara possível
Sobrevivi, mas nunca mais a mesma

Queria dar esse grito aliviador
Prova de vida
Expurgo de dor

Por que a lição a se aprender tem que ser dura?
Por que não se aprende também através de amor?

E agora
Que a garganta se fecha
E estou num apartamento
Eu não sou loba
Agora é o momento certo para o silêncio
Shhh...
(Escuta as lágrimas)...





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