E eu teria morado
Em mil casarões
De janelas que batem
E espelhos que se partem
De objetos que voam
E murmúrios que ecoam
Luzes que se acendem e se apagam
E relógios que badalam (fora de hora)
Desde que não tivesse testemunhado
A maldade palpável, o horror
A traição, o ranço embalado
Em um coração de mulher
Porque exorcismo nenhum apaga
O que foi feito pelos vivos
E ninguém merece ter tido a praga
De uma mãe que prostitui os filhos
("Meninos, eu vi!")
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