E o que é a vida
Se não este perene ato
De tentativa de equilíbrio
De rir do palhaço
Enquanto se estica o braço
E situa-se melhor na corda bamba
De flertar com o poeta
Enquanto se coloca uma madeira
Nos molares do leão
De comer arroz e feijão
E tentar ouvir
O farfalhar das asas dos anjos
De agarrar-se a tábuas flutuantes
Para diminuir a sensação de desamparo
Da corrente imprevisível do rio
Na negação do óbvio
Em prol da sobrevivência suportável
Elogiar a toalha áspera
Por sua ação esfoliante na pele
Abrir o guarda-chuva
Enquanto sonha com o arco-íris
Chamar de mágico e misterioso
O que não passa de ignorância limitante
Escrever poesias
Enquanto arranca ervas daninhas
E essa desastrosa, penosa
Incoerente e irresistível
Mania de tentar defini-la...
:) GOSTEI! :*
ResponderExcluirObrigada, beijo!
Excluir