Escrevo para lustrar o meu couro
Surrado pelas palavras
Que eu jamais deveria ter escutado
E para polir o embaçamento dos olhos
Que choram a morte do homem
Que eu não deveria mesmo ter amado
Para materializar o invisível
Que carrego dentro do peito
Sem negar a realidade
Do que não amo, mas aceito
Para criar dourado
No que é fosco
E valor dar
Ao que é tosco
Porque viver me foi imposto
Mas ser feliz me é imperativo
Porque pra dor eu dou desgosto
(Com meu espírito combativo)
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