domingo, 1 de março de 2015

Dengosa

A carne moída
Dói como se tivesse
Levado mil pauladas
As juntas gritam
"Junta tudo
E joga fora, por favor!"
O cérebro sem sangue
Que está todo escoado
Para cada milímetro
Abaixo da pele
Nas palmas das mãos
Nas plantas dos pés
Na púrpura
E a febre
Que não passa
Mas não traz o delírio
Apaziguador
Pago o preço de
Ser realista
Até na doença
Amaldiçoo
O terreno baldio ao lado
Seus pneus vazios
E seu dono
Ouço o mosquito
Maldito!
Mas nem posso
Fuzilá-lo com o olhar
Porque as
Bolas dos olhos
Também doem!!!!

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