segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Desolação

O vento uiva
E não me ajuda em nada
Embaraça meus cabelos finos
Mas não varre para longe
Os pensamentos pesados
As nuvens escuras e trovões

O vento revolta
O mar que habita o meu peito
Traz à superfície areia
Águas vivas e tubarões
Mas os tesouros de pérolas
Há muito migraram e derreteram
No centro de lava da minha Terra

O vento me balança
Para frente e para trás
Mas a minha mente
Só conhece o espelho retrovisor
E a cada camada de calor que ele leva
Outra febre se apodera
Da minha pele

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