terça-feira, 12 de abril de 2016

Rua

Hoje, eu estacionei na rua de cima. A nossa rua. Os poucos postes, as várias árvores, as vastas sombras nas quais nos enroscávamos e ríamos, julgando-nos invisíveis e inaudíveis.
Coloquei a mão no tronco forte e áspero da maior, e perguntei se ela se lembrava. "Sim", respondeu, "e eu também daria tudo para ouvir a voz dele mais uma vez."
Saudade enlouquecedora é a que faz a gente conversar com árvores. Telepaticamente, inclusive.

Nenhum comentário:

Postar um comentário