Perco-me na tentativa e erro
No percurso dos teus rumos
Teus becos sem saída
Minha ruína
Esse sem-fim de compartimentos
Passagens, muros e divisões
As curvas e sulcos do teu cérebro
Que me espantam e desorientam
O coração já não me serve mais de bússola
Em meio à taquicardia e opressão retroesternal
Me encontras
Me apalpas
Me beijas
E sussurras ao meu ouvido
"Não desista de mim"
Caio ao chão mais uma vez
Sozinha
No colo o inútil novelo de linha
E refaço a promessa vã
De nunca mais sonhar contigo
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