Na alma as asas de pássaro
Abrem-se em vão
No ouvido a voz do amado
Chama-a do além
A lágrima cai devagar
E silenciosa
O sentimento de dúvida
A assola
Se ao menos
Ela tivesse a certeza absoluta
Da existência dele
E não apenas da saudade
Que a beija
Todas as manhãs
E a embala no sono
Nas noites frias
E intermináveis
No tornozelo
A bola de ferro
Um, dois, três quilos
"Termina o que começamos"
Manda ele muito ajuizado
E autoritário
"É fácil prá você"
Responde ela com raiva
"Porque a dor
É toda minha
Porque o sonho
Foi todo meu
Porque a paz
Já chegou prá você
E está por isso
Tão longe de mim"
Sobre isso, eu escrevi este poema:
ResponderExcluirSUSPIRO
que raiva
eu fiquei
quando você
tirou você
de mim
mas hoje
resigno-me
em saber
que o contrário
teria sido pior
para mim
[ou para você]
enfim,
como saber?
virginia finzetto
adorei o seu poema, Arlete. beijos
Beijos, querida.
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