Ele sentado numa margem do rio
Ela de pé na margem oposta
À esquerda a ruína da ponte
Que ele mandou construir
E nunca conseguiu atravessar
À direita o lugar do naufrágio
Do barquinho que ela pagou para buscá-lo
Chove
Molham-se
E não se importam
É bom
Prá disfarçar as lágrimas
Ela culpa a esperança que morreu
E não levou o querer junto
E eu não sei como terminar esse poema
Porque é muito forte
E nenhum dos dois consegue imaginar um fim
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