quinta-feira, 16 de julho de 2015

Gente

O homem é um ser social. Quão feliz sou eu, por isso!
Eu entendo que as pessoas têm muitas camadas e às vezes a gente não chega a conhecer a maioria delas. Às vezes nem elas mesmas, sejamos realistas e deixemos a pretensão de lado.
Algumas pessoas são ótimas na hora da festa, divertidas, alegres, mas na hora da tristeza, saem de fininho, por um motivo ou outro. Em alguns casos, por vergonha, ou medo de sofrer demais em compartilhar. Algumas, ao contrário, a ouvirão lamentar, chorarão com você, terão raiva dos seus inimigos, mas não suportarão vê-lo feliz, por pura inveja, mesmo. Se afastam para não testemunhar a sua felicidade.
Tem quem use o que sabe de você para fazer fofoca e se aproximar de outras pessoas que têm curiosidade a seu respeito. Às quais, talvez, estimem mais. Elas te usam, te vendem, e tiram vantagem de você, sem perder o sono, à noite.
Eu entendo que certas pessoas têm disfunção grave de caráter e sentimento, que as tornam indesejáveis de se conviver.
Outras são psicopatas, mesmo, fingem muito bem, mentem muito, e é só uma questão de tempo para o sofrimento da descoberta da realidade dar um tapa no rosto da gente.
Mas, felizmente, tem gente que, por algum motivo consciente ou inconsciente, é um evento na nossa vida!
Conversar com esses seres, tê-los perto, é uma experiência tão prazerosa quanto ouvir uma música bela, sentir um perfume, assistir a um pôr-do-sol. A gente se sente em paz, ou ri, ou até chora, e não quer que termine nunca o encontro, a conversa, a interação até virtual. Parece que não há limite para a energia boa que é criada naquele momento.
Eu não sei o que nos leva a eleger certas pessoas como únicas, e principalmente a carregar essa opinião e sentimento por alguém ao longo de anos ou décadas. Talvez a gente escolha, e depois vá confirmando, observando-a, em tudo de bom que ela tem. Talvez ela vá nos presenteando com novidades, a flor da amizade vai desabrochando, e a gente administra o que não gosta, em nome do que gosta. Mas em muitos casos, dá muito certo.
Pode ser que surja interesse romântico de uma das partes, pode ser que nunca, pode acontecer de surgir, mas não coincidir que seja ao mesmo tempo dos dois, e a afinidade ficar só de alma. E às vezes, a gente evita ou nega a atração, em nome de manter a amizade descomplicada, ou para não magoar uma terceira (ou quarta) pessoa. Vale tudo, na minha opinião. Para que siga durando e sendo bom.
Acho que a palavra-chave é essa: conexão. Tenho a sorte de ter, com várias pessoas, de ambos os sexos, variadas idades e histórias de vida, com histórias que se entrelaçam com a minha nos mais variados formatos. Me enriquecem como ser humano, são alegria e alívio para o cansaço, conforto e colo, me animam e me dão a sensação de importância, na hora que consigo ajudá-las em algo.
Pessoas são presentes, e algumas são de valor inestimado. Agradeço a Deus todos os dias por elas.

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