sábado, 11 de abril de 2015

Fases

Às vezes, a vida lhe dá um teste. E outro. E outro. Emendados. Sem trégua. Sem pausa. Sem troca de bastão.
Você fica meio atordoada, meio sem fôlego, mas não dá prá fugir, então se reequilibra, como se tivesse trupicado e caído, alisa os joelhos esfolados, e segue. Porque ficar no chão nunca combinou, nunca foi da sua natureza. Não é opção.
E daí a vida lhe dá um presente. E outro. E outro. Desembrulha, menina! Veio no seu endereço, na hora certa, encomendado por ela. Não precisa fazer sentido, não era prá ser previsto, pega, é seu!
E você fica até em dúvida se merece tudo aquilo, se aquelas pessoas e situações realmente existem, e nada mais no mundo está ali, a não ser o quentinho atrás do esterno. Edredon sobre o corpo no inverno. (Edredon dos lábios dele).
E nessa alternância se aprende, se escolhe, surpreende-se, avalia-se, abraça-se as marés todas, as fases, as bênçãos, tudo o que nem nasceu mesmo para ser bom, assim como o que nunca vai ser ruim.
E fazem parte de tudo isso: amigos novos e antigos, amores esquecidos, colegas de trabalho e virtuais, poetas, parentes, pacientes e uns figurantes também, que mesmo nos bastidores contribuem sem saber ou querer.
Que venha o fim-de-semana... e o resto da vida...

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