terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Viagem

Em que ponto do Universo
A minha loucura cruzará com a sua
E finalmente saberemos
Qual é a mais intensa?
Você quer, eu escapo
Eu chamo, você não vem.

Está no seu mapa astral
Ou no meu horóscopo chinês
Uma explicação razoável
Para tanto querer
Numa troca de olhares?

O que o futuro nos reserva?
Ideias, vontades tão intensas...
Promissoras...
Mas nebulosas...

Não.
Palavra errada.
Nebulosas já foram estrelas
Geradas em reações nucleares
Já explodiram em luz.
Nós, não.

Somos corpos celestes à deriva
Sem bússola
Numa galáxia espiral.

Talvez seja este o destino:
Tornar-se poeira cósmica
Energia criada no vácuo
E sugada por um buraco negro.
E não se falará mais nisso.

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